Como a geração Z está redefinindo o conceito de carreira
Você já deve ter ouvido por aí que “essa geração nova não quer nada com nada”. Que troca de emprego como quem troca de roupa, que não tem paciência, que é imediatista. Mas será que é isso mesmo?
A geração Z - nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010 - não está fugindo do trabalho. Ela só está redefinindo completamente o que significa “ter uma carreira”. E isso assusta muita gente.
Eles cresceram num mundo onde estabilidade virou mito. Viram empresas demitir em massa sem pestanejar, testemunharam crises econômicas, pandemia, burnout como norma... E decidiram: "não quero isso pra mim".
Pra essa galera, trabalhar só por um salário não faz sentido. Eles querem propósito, querem liberdade, querem flexibilidade. Querem alinhar o que fazem com quem são. E estão certos.
O que antes era sinônimo de sucesso - ficar 20 anos na mesma empresa, subir de cargo em cargo, vestir a camisa - hoje soa como prisão. A geração Z quer movimento. Quer autonomia. Quer aprender, desaprender e começar de novo. Se não faz sentido, eles pulam fora. E rápido.
Isso não é instabilidade. É consciência. É autocuidado. É colocar a vida na frente do crachá.
Eles valorizam saúde mental. Valorizam tempo. Não enxergam o trabalho como o centro da vida, mas como uma parte dela. E estão trazendo com eles uma revolução silenciosa, que obriga o mercado a se adaptar: empresas mais humanas, culturas mais horizontais, jornadas flexíveis, liderança empática.
Eles não querem só um emprego. Querem impacto. Querem espaço pra serem quem são, sem precisar se encaixar num molde corporativo antiquado.
E por mais que muita gente torça o nariz, a verdade é que essa mudança é boa pra todo mundo. Porque, no fim das contas, quem nunca quis sentir que o que faz tem valor real? Que trabalha com liberdade? Que é respeitado como pessoa, e não só como recurso?
A geração Z tá só tendo a coragem de exigir isso. E com isso, ela está empurrando o mercado pra um lugar melhor.